O Universo do Vinho

O Universo do Vinho

 

História: O vinho no Brasil.

Seria muito fácil contar a História do vinho no Brasil, seguindo uma séria de fatos ocorridos, mas a tentativa neste artigo é contar esta mesma história de uma forma bem mais simples e agradável.
A história do vinho no Brasil se inicia quando as caravelas de Martin Afonso de Sousa aportam na Capitania de São Vicente, em 1532, trazendo consigo as primeiras videiras. Aliás, Juntamente com as videiras, também desembarca no Brasil o Fidalgo Brás Cubas, fundador da cidade de Santos, em São Paulo, que vem a se tornar o primeiro vinicultor do Brasil, cultivando estas videiras em uma região situada onde hoje é a cidade de Cubatão.Também vale lembrar que outras tentativas isoladas de produção de vinho devem ter acontecido para suprir, principalmente, a igreja, em suas missas. Os portugueses introduziram a cultura da uva no Brasil, mas muitos povos foram os responsáveis pela sua disseminação, como na primeira tentativa de introduzir a viticultura no Rio Grande do Sul, em 1626, quando o jesuíta espanhol Roque Gonzales de Santa Cruz a implantou no oeste do Estado, nos chamados Sete Povos das Missões, fracassando a experiência com a destruição das Missões pelos portugueses, após este período foram feitas diversas outras tentativas de implantar variedades de uvas no Rio Grande do Sul, quando então, em meados do século XIX foram introduzidas às castas americanas, não-viníferas, que ainda predominam a maior parte dos vinhedos do Rio Grande.
A introdução do cultivo da uva americana Isabel, a mais importante casta de uvas não-viníferas introduzida no Brasil, por volta de 1840, se deu através do envio, destas castas, pelo então Diplomata do Brasil nos Estados Unidos José Marques Lisboa ao comerciante alemão Thomas Máster que se torna o primeiro a cultivar a uva Isabel no Brasil.
Com a imigração italiana a partir de 1870, principalmente a de imigrantes vindos das tradicionais regiões vinícolas de Vêneto e trentino, a mesma região de onde vieram os imigrantes que povoaram o Bairro de Santa Olímpia e Santana na cidade de Piracicaba, faz com que estes imigrantes constituam na região da Serra Gaúcha a maior e mais importante região vinícola do Brasil.
Os imigrantes também trouxeram consigo cepas italianas que inicialmente se desenvolveu muito bem, mas foram destruídas por doenças causadas principalmente pelo clima da região da Serra gaúcha, forçando os imigrantes a buscarem novas variedades de uvas, mais robustas e resistentes ao clima, como a uva isabel que apresenta tais características.
A viticultura gaúcha entra em uma nova era, a partir de 1931, com o movimento cooperativista, fazendo surgir laboratórios e uma estação experimental no auxilio dos viticultores gaúchos, com isso, volta a ser introduzida na viticultura nacional uvas européias e conseqüentemente a vinicultura brasileira inicia uma outra fase de seu processo, rumo a qualidade.
A implantação de multinacionais, na década de 70, trouxe para a vitivinicultura brasileira grandes avanços de tecnologias, desde o cultivo de videiras até a elaboração de vinhos.
E finalmente, chegamos a ultima grande expressão na vinícola brasileira, a região do vale do rio São Francisco, com um potencial excelente para vinhos, graças a forte insolação e um sistema de irrigação controlada. Bons vinhos a todos! Giuliano Maluf é consultor de vinhos.

www.mariamarvada.com.br

One Comment

  1. jun 23, 2021 at 12:37 pm

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